segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CUIDANDO DE TUDO


Estou em débito com meus poucos porémm fieis leitores. Faz tempo que não posto nada aqui, mas tenho minhas razões. Depois de quase 40 dias fora de casa, esses 20 dias após o retorno não foram suficientes, pra mim, para estabelecer uma rotina que me permitissem uma divisão razoável do tempo e, assim, dá conta de todos dos afazeres, inclusive escrever.

Não falta o que fazer. Limpar a casa, preparar os alimentos, dar remédios – nas horas certas, levar pra tomar as vacinas e às consultas médicas no Recife são alguns dos tantos afazeres diários. Além de estar muito mais dengoso do que antes da internação no HCor, João Victor quer ficar no braço o tempo todo. Isso é complicado, principalmente à tarde, quando Valéria sai pra trabalhar e ficou só com ele. É atenção exclusiva e, se ele não dorme, não consigo fazer mais nada. Pior que essa semana ele ainda achou de pegar uma gripe. Até que foi fraquinha, mas nos deixou em estado de alerta porque foi depois da gripe que pegou aos 7 meses que ele descompensou e teve de ser levado para o bloco cirúrgico.

Desde que chegamos, João Victor ainda é o centro das nossas atenções e preocupações. É em função dele que organizamos nosso dia e realizamos nossas tarefas. Para o próprio bem dele isso precisa mudar porque, se não conseguirmos trabalhar e descansar, por exemplo, pode chegar o dia em que não teremos como suprir suas necessidades básicas. Quem nos chamou a atenção para esse fato foi a nova cardiologista dele, Dra. Lúcia Salerno. Enquanto pedíamos dela uma data para a cirurgia de correção total, na primeira consulta, porque no nosso entender, só a depois dela voltaríamos à nossa vida normal, ela nos chamou a atenção para o fato de que ele é down e cardiopatia. A cirurgia vai melhorar seu estado clínico, mas sempre teremos que cuidar dele. Ai, enquanto preparava os encaminhamentos dele para fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional, perguntou se a gente tinha alguém nos ajudando nas tarefas domésticas. Com nossa resposta negativa, ela foi franca, de novo, alertando que precisamos de alguém, senão, não conseguiremos conciliar nossas necessidades com as de João Victor.

Ela tem razão. Conciliar o tratamento de João Victor com as tarefas domésticas mais as nossas necessidades de trabalho e estudo é um desafio que precisamos vencer.


.

.

.