João Victor está clinicamente pronto para receber alta. Seus exames estão normais, a cirurgia está funcionando, mas a saturação ainda é um problema enigmático. O enigma consiste no fato dele não apresentar nenhum sinal de cianose mesmo nos momentos em que a medida da sua saturação beira a casa dos 60%. Ou seja, o oxicímetro parece não refletir a realidade da oxigenação do corpo dele, pois, enquanto a máquina diz que ele ta à beira de uma crise de insuficiência de oxigênio, na observação clínica vê-se uma criança sorridente, sem o menor desconforto respiratório.
Também intriga a instabilidade dos números. Às vezes, a medição acusa 72% na mão e no pé registra 88%, quando o esperado, tradicionalmente, é que tenha-se uma saturação maior nos membros superiores , em razão da proximidade com o coração. Mas nele ocorre o contrário. Chegaram mesmo a colocar dois aparelhos, simultaneamente, em suas mãos e, para espanto geral, os números foram discrepantes, um valor na mão esquerda e outro na direita.
A equipe médica tem nos dito que, nesse situação, devemos levar em contar, primeiro, que a medição do oxicímetro é muito sensível e pode apresentar imprecisões em crianças pequenas, como João Victor, quando a criança transpira, quando a criança se movimenta etc. Por isso eles estão guiando-se mais pelos sinais da observação clínica. Costuma repetir a frase: “a clínica é soberana”. Mesmo assim, estamos um pouco apreensivos com esses índices.
Mas, até eu e Valéria, percebemos que seu estado é muito melhor do que aquele anterior a cirurgia.
Outra coisa que nos foi advertido, é que a cirurgia que João Victor fez trata-se de uma paliativa com vistas a melhora do seu estado clínico. Portanto, os problemas decorrentes da sua cardiopatia continuam (especialmente os do DSAVA total, que mistura o sangue arterial com o venoso dentro do coração). Quer dizer, então, que o sangue que vai para o seu pulmão pode, às vezes, ter baixos teores de oxigênio.
Se ele receberá alta ou não na segunda ou terça-feira não sabemos. Sabemos que o parecer da equipe clínica é pela a alta para que ele se fortaleça para, daqui a uns quatro meses, enfrentar a correção total e, principalmente, para que os pai possam se curar do estresse resultante do turbilhão de emoções em que se viram envolvidos nesses dias de HCor. Entretanto, a palavra final será do cirurgião. Ele, Dr. Bento, é que, após analisar todas as variáveis, decidirá se João Victor volta para casa agora e depois retorna para a correção total ou se resolve tudo agora, nos próximos dias.
Que Deus lhe dê sabedoria para escolher o melhor para o nosso rapazinho.
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João vou ficar aguardando noticias da alta de
ResponderExcluirde João Victor. Tenho certeza que as noticias vão ser as melhores. Ele está lindão nas fotos e me parece que está vendendo saúde. beijão pra todos.
Joao. Não o conheço mas por acaso acabei lendo a estoria do teu querido filho neste blog. Sou mae do gabriel, um menino lindo com sindrome de down. queria deixar aqui uma palavra de força e coragem pra vc e tua esposa. Meu pequeno tem 1 ano e quatro meses,está quase andando e faz as artes que qualquer criança faz. ele também operou do coração(aos quatro meses) em SP (moramos em campinas-SP) e foram 21 dias de muita angustia e orações. tambem vivi problemas com o convenio, mas tudo acabou dando certo e depois que gabriel operou e se restabeleceu tudo mudou para ele. a energia dele não ia só para fazer o coração funcionar, mas agora passou a ter 'forças' pra crescer. e como tem crescido. meu pequeno é uma alegria, uma benção, um presente. nao porque tem sindrome de down, mas porque é MEU FILHO. e pra ele quero o que qualquer mae e pai querem, ve-lo feliz, crescendo alegre e sendo amado. estou aqui na torcida por vcs. um abraço. valéria de almeida
ResponderExcluirolha eu tenho uma filha que nasceu dia 13/09/2009 com cardiopatia congenita complexa. eu queria saber se tem cura.
ResponderExcluirSilvia, passa um e-mail pra mim:
ResponderExcluirjpbosco@ig.com.br